Bebé e animais são compatíveis?
Não existem estudos que nos indiquem que a convivência dos bebés e dos animais de estimação não seja compatível, bem pelo contrário. O que é necessário fazer é preparar o animal para a chegada do recém nascido e esse processo convém que seja feito com alguns meses de antecedência da vinda do bebé para casa.
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Antes do bebé nascer
Mesmo que não existam crianças, nem bebés para chegar, treinar um animal de estimação é sempre uma ação necessária para a saudável convivência da família com o animal e deste com o ambiente que o rodeia. Assim, garantimos que numa situação diferente do habitual (quando alguém novo chega a casa) o animal obedece às orientações que lhe forem dadas.
Uma parte importante deste processo de treino é a introdução de novos ruídos. Isto vai fazer com que a chegada do bebé não seja um momento causador de stress ou ansiedade para o animal.
A habituação a sons diferentes vai fazer com que o animal não estranhe quando o bebé produzir sons, mais agudos ou graves (chorar, rir, palrar), aos quais não está habituado, diminuindo assim a probabilidade de uma reação mais adversa.
O ideal é começar com, pelo menos, 6 meses de antecedência.
Idealmente, deverá expor o animal aos cheiros da roupa, dos objetos de higiene e dos brinquedos que o bebé irá utilizar quando chegar a casa. Desta forma, permitimos que o odor se vá espalhando pela casa e que o animal não estranhe a presença desse cheiro quando o bebé chegar a casa.
Assim que o bebé nascer, se possível, traga, antes da sua chegada a casa, uma manta onde o recém-nascido já se tenha deitado, uma fralda já usada e uma roupa suja só para o animal ter contacto com os cheiros destes objetos e ficar preparado para a chegada oficial do bebé à família.
Com a chegada do bebé a casa 1
É recomendado que a mãe, quando chega a casa, não venha com o bebé ao colo, para não despertar sentimentos de ciúme. Um dos pais deve segurar o bebé e o outro o animal. Idealmente, o cão deverá estar deitado ou sentado para o primeiro contacto com o bebé, desde que este esteja calmo e sempre sob controlo. O animal nunca deve estar na presença do bebé sem a supervisão de um adulto.
Depois da chegada do bebé é necessário ter especial atenção aos brinquedos e objetos que são manuseados pelo recém nascido. Assegurar a sua limpeza é fundamental e garantir que o animal não brinca ou não adopta o brinquedo do bebé como seu, para se evitar infeções ou propagação de vírus e bactérias indesejadas. No que diz respeito aos dejetos do bebé, todas as fraldas devem ser deitadas para um caixote do lixo bem fechado, para que o animal não as lamba nem as coma (comportamento, muitas vezes, comum em cadelas).
As cadelas podem, inclusive, comer as fezes do bebé numa tentativa de proteger o recém-nascido contra predadores.
Se o treino e preparação do animal de estimação para a chegada do bebé for feito, com, pelo menos, seis meses de antecedência, o risco associado a uma saudável convivência entre os dois no seio de uma família pode ser minimizado. No entanto, e por melhor que possa vir a ser esta relação, os especialistas recomendam a supervisão desta amizade entre crianças e animais até aos 7 anos de idade.2
Aliás, pesquisas indicam-nos que o convívio entre bebés e animais ajuda a fortalecer o sistema imunitário, além de contribuir para uma redução do aparecimento de asma ou dermatite atópica, patologias muito comuns na infância. Contudo, há que ter atenção aos bons hábitos de higiene - lavar sempre as mãos depois do contacto com o animal - e garantir que o animal está devidamente vacinado e desparasitado, interna e externamente contra pulgas e carraças.
Centro Pré e Pós-Parto (2024). Bebés e animais de estimação: podem ser amigos?. Acedido em: https://www.preeposparto.com/
Sociedade Brasileira de Pediatria (2012). Convívio com animais de estimação faz bem à saúde das crianças. Acedido em https://www.sbp.com.br/imprensa/detalhe/nid/convivio-com-animais-de-estimacao-faz-bem-a-saude-das-criancas-dizem-estudos/
FF/SET24/PT/026